domingo, 27 de janeiro de 2013

'Professores precisam parar com desculpas', diz brasileiro que concorre a prêmio de melhor docente dos EUA - Educação - Notícia - VEJA.com

'Professores precisam parar com desculpas', diz brasileiro que concorre a prêmio de melhor docente dos EUA -

IRRESPONSABILIDADE CRIMINOSA MATOU 245

Do Diário de Santa Maria (RS) - O alvará do Plano de Prevenção de Combate a Incêndio da boate Kiss, cenário de uma tragédia que vitimou 245 pessoas, na madrugada deste domingo em Santa Maria, na região central do Estado, estava vencido desde agosto de 2012. A informação é comandante geral do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul, coronel Guido Pedroso de Melo.
Segundo o comandante, os bombeiros locais já haviam notificado a boate para que providenciasse a renovação do alvará, mas isso ainda não teria ocorrido.

Ainda conforme o comandante, o fato de a boate ter a liberação anterior significa que a casa noturna possuía o número de extintores de incêndio necessários, sinalização (indicando as saídas) e iluminação de emergência (que garante luminosidade por cerca de uma hora em casos de falta de energia).

Os bombeiros abrirão uma sindicância para verificar possíveis irregularidades.

— A informação que temos é que a maioria das pessoas morreu por asfixia. Algumas tiveram queimaduras. Mas temos a informação de seguranças da boate teriam barrado a saída das pessoas e que teria mais pessoas do que a capacidade do local — disse o comandante.

Os donos da boate não foram localizados pelo Diário para comentar o ocorrido.

A 1ª Delegacia de Polícia Civil de Santa Maria já começou a ouvir testemunhas e vai investigar o caso.
Confira, neste link, vídeo com cenas da tragédia

ANTROPÓLOGA DISSECA O CASO DE RACISMO NA BMW

247 - Foi um mal-entendido ou uma criança negra é invisível ao universo do consumo de luxo no Brasil? Confira, abaixo, a análise da antropóloga Debora Diniz, sobre o caso de racismo numa concessionária da BMW na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro:
Qual mal-entendido?
O casal, branco, queria comprar uma BMW no Rio; o gerente da loja, expulsar um menino negro de 7 anos. Era o filho deles
Debora Diniz*
Em nenhum momento, ele olhou para o nosso filho." Priscilla Celeste Munk é mãe de uma criança negra de sete anos. No catálogo racial brasileiro, ela é uma mulher branca. Sua branquidade se anuncia pela cor da pele, mas também pela classe social. Foi como uma mulher branca, acompanhada de seu marido também branco, Ronald Munk, que vivenciou o racismo contra seu filho adotivo em um dos templos do consumo de luxo no país - uma concessionária de carros BMW no Rio de Janeiro. A cena foi prosaica: a família foi à concessionária e o filho se entreteve com uma televisão. O gerente os atendeu como um casal desacompanhado. Quando a criança se aproximou, a cor de sua pele resumiu a impertinência de sua presença em um lugar onde somente brancos e ricos seriam bem-vindos. Sem se dirigir ao casal, o gerente ordenou que a criança saísse da loja: "Você não pode ficar aqui dentro. Aqui não é lugar para você. Saia da loja. Eles pedem dinheiro e incomodam os clientes".
Imagino que o monólogo do gerente com a criança sem nome nem rosto, mas rejeitada pela cor, tenha sido adequadamente reproduzido pela mãe. A combinação entre um "você" que olha, mas ignora a criança, e um abstrato "eles", que não olha, mas registra a desigualdade, é poderosa para resumir a racialização de classe da sociedade brasileira. Em poucas palavras, o gerente oscilou entre dois universos, ambos movidos pela mesma inquietação moral: como proteger os ricos dos pobres, os brancos dos negros. O gerente não cogitou estar diante de uma família multirracial, mas de clientes brancos e de um menino negro pedinte que perturbaria a tranquilidade do consumo.
Até aqui, não haveria nada de novo para a realidade da desigualdade social que organiza o espaço do consumo - engana-se quem pensa que os shoppings centers são locais de livre trânsito: as regras sobre como se vestir e se portar não permitem que todos igualmente ali transitem. A impertinência do caso é, exatamente, estremecer essa ordem silenciosa da desigualdade racial e de classe da sociedade brasileira. Por isso, com a devida sensibilidade do capitalismo global, a concessionária da BMW optou por descrever o caso como um "mal-entendido".
"Preconceito racial não é mal-entendido", disse a família em uma campanha aberta sobre o caso, porém com cautela sobre a identidade do filho que se vê resumido à cor. Não tenho dúvidas de que esse é um caso de discriminação racial - a cor da pele importa para o reconhecimento do outro como um semelhante. É isso que chamamos racismo: descrição do outro como um dessemelhante e abjeto pela cor de seu corpo. A criança de 7 anos, antes mesmo de entender o sentido político do racismo na cena vivida, foi alvo de uma rejeição que resume sua existência. Assim será sua vida. O consolo familiar é que o garoto redescreveu para si que "crianças não eram bem-vindas à loja" e não se personalizou na rejeição pelo corpo. A ingenuidade infantil em breve será vencida pela observação cotidiana de práticas racistas. Com a perda da ingenuidade, a criança sem nome e com somente cor encontrará outro grupo para traduzir sua experiência de sentir-se abjeta - não será mais porque é uma criança em um ambiente de adultos, mas um adolescente, um homem ou um velho negro em um mundo cuja ordem do consumo e da lei é, ainda, branca.
Por isso, desejo explorar o argumento do "mal-entendido" para além de uma estratégia infeliz de marketing. De fato, há um mal-entendido ético que costurou o roteiro desse desencontro racial. Para ser reconhecido como um futuro adulto rico e potencial amigo da concessionária para a compra de carros de luxo, o garoto de 7 anos precisaria habitar um corpo inteligível para a casta dos ricos. Sua cor o torna um sujeito inimaginável. Para ser reconhecido, é preciso antes ser inteligível à ordem dominante.
Crianças negras são ainda invisíveis ao universo do consumo, o que pode parecer óbvio dada a sobreposição da desigualdade de classe à desigualdade racial no País: negros são mais pobres que brancos, um fato que alimenta intermináveis controvérsias sobre as causas da desigualdade, se seriam elas de renda ou raciais. A verdade é que as crianças negras não são invisíveis apenas na concessionária da BMW, mas em escolas, hospitais ou espaços de lazer, isto é, como futuros cidadãos à espera da proteção de uma sociedade que se define como livre do racismo.
Como em um experimento sociológico, o caso da família multirracial mostrou que a renda não é capaz de silenciar a rejeição racial: a criança se converteu em um ser abstrato, parte de uma massa de pedintes que incomodam os clientes ricos. Ao contrário do que imagina a loja da BMW, o mal-entendido não se resumiu ao diálogo entre o gerente e a família, mas entre quem imaginamos que somos como uma democracia racial e o que efetivamente fazemos com nossa diversidade racial.
* Debora Diniz é antropóloga, professora da Universidade de Brasília e pesquisadora da ANIS - Instituto de Bioética, Direitos humanos e Gênero

sábado, 26 de janeiro de 2013

A GLOBO, AGORA VAI DE EDUARDO CAMPOS.

O jogo de Eduardo Campos, governador de Pernambuco, parecia claro. Enquanto o PT não se definisse, ele continuaria em cima do muro. Sendo Dilma Rousseff a candidata, ele arriscaria entrar na disputa já em 2014. Sendo o ex-presidente Lula, ele brigaria para ser vice, deslocando Michel Temer. Nesta última semana, Dilma obteve sua maior vitória em dois anos de governo, com a redução das tarifas de luz e praticamente se impôs como candidata natural do PT. Coincidência ou não, o deputado Beto Albuquerque (PSB/PE), frequentemente apontado como porta-voz informal de Campos, disse que, agora, o PSB estava livre para tentar seu projeto presidencial.
Se faltava um empurrão, ele veio agora. E partiu da todo-poderosa Globo. Neste fim de semana, a revista Época dedica sua capa (para sssinantes) ao "governador mais popular do País", numa reportagem que espanta pelo tamanho: nada menos que 25 páginas. A chamada, "Quem tem medo dele?", numa semana em que Dilma gerou os principais fatos na política e na economia, certamente alimentará a especulação de que a Globo encontrou seu candidato – uma vez que, no PSDB, Aécio Neves ainda não lançou sua candidatura e José Serra continua criando constrangimentos.
Abaixo, um trecho da reportagem assinada por Luiz Maklouf Carvalho:
O estilo, a trajetória e as ambições de Eduardo Campos, o governador mais popular do país
Quem é o protagonista da política nacional e nome incontrolável nas conversas sobre sucessão presidencial – embora ele insista em negar ser candidato
LUIZ MAKLOUF CARVALHO
Capa da edição 766 de ÉPOCA exclusiva para assinantes (Foto: Leo Caldas/ÉPOCA)
O governador Eduardo Campos, de Pernambuco, é um ótimo piloto de cadeira giratória de rodinhas. Logo ao sentar-se, elegante e espaçoso, já sublinha a que veio. A cadeira é uma das 13 de uma grande mesa preta, em forma de U, na sala de reuniões contígua a seu gabinete. Não terá um minuto de sossego por quase três horas. Campos a manobra para todos os lados possíveis, a esporeia com o ritmo acelerado de sua fluência verbal e, quando a leva, num tiro curto, em direção ao interlocutor, o dorso ainda atlético de 47 anos também assoma, enfático. Seus translúcidos olhos verdes são, surrupiando um autor contemporâneo, como pássaros querendo voar para fora da cara. Campos é, sobretudo, olhos. Na beleza variante da cor, que fisga a atenção, e, principalmente, na mirada, no manejo que lhes sabe dar, ora águia, ora cobra, focados na sedução. “Sedutor” é um recorrente qualificativo até entre adversários regionais – como o senador Humberto Costa, do PT, ou o deputado federal Mendonça Filho, do DEM. Campos sabe que, nos dois casos, o sentido é “cuidado com ele!” – ambos, afinal, são vítimas de peia eleitoral. Mesmo assim, não desgosta.  
Não é o caso quando é chamado de “coronel”, como fez a revista britânica The Economist em reportagem recente, que também registrou seu lado de gestor dinâmico e empreendedor à frente do Estado que governa pela segunda vez, com aprovação recorde – 89% na última pesquisa. Provocado – “O senhor leva mesmo um jeitão de coronel...” –, Campos não esconde o desconforto. Leva a cadeira para a frente e para trás, dá uma brusca freada de general e responde:  
– Isso só acontece quando alguém nasce por aqui. Nunca vi um rótulo desses num político carioca, paulista ou mineiro. Então lamento, porque é uma coisa desqualificando. Que maneira tenho de botar ordem aqui? “É um coronel.” Tá bom. (Falar) é um direito (deles). Fazer o quê?

Entre dez governadores pesquisados pelo Ibope no final do ano passado, Campos obteve a maior aprovação: 34% acham sua gestão “ótima”; 45%, “boa”; 15%, “regular”; 4%,“ruim”; e 3%,“péssima”. É tamanha popularidade que explica por que tantos políticos têm se aproximado dele e que seja impossível discutir a sucessão da presidente Dilma Rousseff sem que seu nome venha à tona. Ele próprio negou, em entrevista publicada por ÉPOCA em dezembro, que pretenda se candidatar à Presidência. Na ocasião, disse que “sem dúvida” apoiaria a reeleição de Dilma. É nessa canoa que os pés de Campos estão, ambos. Antes da eleição municipal de Pernambuco, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava disposto a costurar sua candidatura a vice, já em 2014. Depois que Campos praticamente humilhou o PT, ao lançar candidato próprio à prefeitura do Recife – e vencer –, Lula e Dilma sabem que ficou mais difícil. O desejo de ambos é mantê-lo na canoa para, quem sabe?, um voo solo em 2018. Ser ministro de Dilma reeleita, em Pasta de visibilidade, é uma possibilidade.
Milton Ribeiro,
Mentira. São 45 livros porque 5 receberam dois votos.
Inspirado por Car­los Wil­li­an Lei­te, do Jornal Opção, de Goiânia, o Sul21convidou dez romancistas, poetas, ensaístas ou críticos literários para nomearem as cinco piores obras de autores brasileiros que conhecem. Obviamente, a escolha reflete o gosto pessoal e o conhecimento de cada um dos dez “jurados” e não uma condenação irremediável. Trata-se de uma anti-lista, contrária às listas habituais de melhores.
Ampliando a ideia inicial, pedimos que, a cada voto, fosse acrescentada de uma a cinco linhas justificando a escolha. Por iniciativa nossa, informamos aos votantes que não divulgaríamos seus nomes, postura que foi rechaçada por dois deles, Fernando Monteiro e Ronald Augusto, que têm suas iniciais apontadas logo após seus votos. Os outros “jurados” apenas aceitaram as regras sem comentá-las. Deste modo, não podem receber a imputação de terem planejado agir sob o manto do anonimato…
Por falar em anonimato, o autor desta introdução não votou.
A seguir, então, em ordem alfabética por título, a lista dos 50 livros para morrer antes de ler:
Agosto, de Rubem Fonseca
Tive de ler por obrigação e acabei tomando ojeriza pelo personagem principal do livro: a azia do protagonista.
A Casa do Poeta Trágico, de Carlos Heitor Cony
Romance artificialmente construído, com pretensões de “clima internacional” que termina por criar situações ridículas como a do casal de amantes, personagens centrais, que passam uma noite inteira trepando nas ruínas de Pompeia porque se distraíram (trepando, já) e não perceberam que o sítio arqueológico havia sido aferrolhado, de acordo com o horário de fechamento dos portões (17h). Tudo bem. O homem e a mulher não se incomodam… Sem colchão, sem lençol, sem travesseiro, sem mais nada, continuam a trepar e só vão sair das ruínas quando os funcionários reabrem Pompeia para os turistas, às 10h da manhã seguinte. É mole? Não. Teria que ser muito dura (a noite). Por cenas como essa, melhor morrer antes de ler. (F.M.)
A Casa das Sete Mulheres, de Letícia Wierzchowski
– Essa pérola do cancioneiro gauchesco tem uma das mais mal escritas primeiras páginas da história da literatura universal. O resto do livro vai pelo mesmo caminho.
– Contar a Guerra dos Farrapos a partir das mulheres próximas ao general Bento Gonçalves não é ideia ruim. Mas é tudo canhestro no livro: a narrativa, o enredo, a construção dos personagens. Uma leitura que dura para sempre, no mau sentido.
A Divina Pastora, de Caldre e Fião
Achado um único exemplar num sebo de Montevidéu pelo livreiro Monquelat de Pelotas. Antes nunca o encontrasse!
A Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães
Conto de fadas de superação do interdito social. História irrealista que pretendia demonstrar que as tendências (pseudo) democráticas dependiam apenas da boa vontade cristã das pessoas. Daí a Globo ter exibido a novela que tanto agradou a classe média, sempre politicamente equivocada e alienada.
A Guerrilheira, de Índio Vargas
Embora Índio Vargas seja autor de um dos livros mais importantes sobre a ditadura militar, “Guerra é Guerra, dizia o Torturador”, este aqui parece um esboço que alguém mandou inadvertidamente para a gráfica e foi publicado sem passar por revisão. Falta foco, estrutura, cuidado com a prosa, os episódios desmentem uns aos outros, repetem-se, quando não se perdem em digressões que não acrescentam nada, nem tensão.
A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo
– Bobo. A fantasia não dá nem uma novela das seis, o texto é primário. É um crime fazer os adolescentes lerem essa chatice dizendo que se trata de literatura, pior, de um clássico. Esse livro só tem importância dentro da história da literatura brasileira, coisa que o professor pode resumir numa linha e poupar os alunos.
– Clássico absoluto e abominado nas salas de aula brasileiras, mas permanece sendo lido, vendendo e com lugar cativo na alma de cada mau professor deste grande país!
A Quarta Parte do Mundo, de Clovis Bulcão
A orelha promete um “épico eletrizante”, “baseado em fatos reais” (a malfadada passagem de Villegagnon pelo Brasil). Na verdade, “eletrizantes” são as imagens, algumas das mais feias da história da literatura brasileira, como essa: “Uma robusta garça fora ferida e grunhira como um porco”. O autor criou um mundo perigoso, em que os personagens sentem apenas emoções-clichê, como uma “mistura de pavor e ódio”, e em que podem ser “tragados por piratas ou pelos abismos do mar” (tentemos visualizar isso…). Definitivamente não recomendo.
A Suavidade do Vento, de Cristóvão Tezza
Romance fraquíssimo, que nada tem a ver com a sutileza de um Antonioni, em certa tarde, olhando para árvores descabeladamente agitadas: “Como é fotogênico o vento!”, como registrou o mestre italiano da (verdadeira) suavidade na sua “Trilogia da Incomunicabilidade”, bem longe do realismo rastaquera do Tezza desse livro. (F.M.)
As Parceiras, de Lya Luft
Psicologismo mediano misturado com literatura convencional que tenta disfarçar, sem sucesso, um estilo a meio caminho do entretenimento em tom pastel e da autoajuda intimista. Narrativa para lobas fleumáticas. (R.A.)
Bernarda Soledade, a Tigre do Sertão, de Raimundo Carrero
Muito ruim. Influenciado por Lorca (?) até no título, além das situações de “dramaticidade” de estilo juvenil em torno de mulheres confinadas à maneira exatamente de “A Casa de Bernarda Alba” (sem ter, entretanto, conseguido imitar a qualidade do inspirado poeta andaluz). Em tempo: não seria “tigresa”?… (F.M.)
Cai a noite sobre Palomas, de Juremir Machado da Silva
Há uma diferença bastante grande entre construir personagens inteligentes e colocar frases de efeito e nomes de grandes pensadores em suas bocas. Talvez o Juremir não soubesse disso ao escrever o seu primeiro livro. Triste é perceber que segue sem sabê-lo até hoje.
Canto da noite, de Augusto Frederico Schmidt
Para ser justo com o falecido, eu poderia ter mencionado a obra poética inteira como exemplo da pior poesia feita no Brasil. No gênero, o autor talvez tenha sido a maior impostura de todos os tempos. Por ser endinheirado e porque publicava os grandes poetas de seu tempo, era apontado, por eles, como um grande poeta. (R.A.)
Casa Grande e Senzala, de Gilberto Freyre
Não é nem romance nem obra sociológica. Até nos faz pensar que no Brasil se praticou e se pratica a democracia racial , via miscigenação e que na casa grande havia senhores bons e na senzala escravos submissos. Cáspite !!!
Contra o Brasil, de Diogo Mainardi
– A história de um picareta que odeia o Brasil e passa o tempo todo citando frases de viajantes e pensadores que desancaram o País e seus habitantes. Acho que ninguém vai querer ler uma autobiografia do Diogo Mainardi, mas por precaução, foi para a lista.
– Mainardi não tem muita preocupação com ideias, propostas, alternativas. Sua intenção é de apenas bater, sua arte é a da objeção. Um livro cuja intenção é a de vender o complexo de vira-latas do autor. Não obtém o riso, não informa, não nada. Merece presença aqui.
Corpo Presente, de João Paulo Cuenca
É um mistério o prestígio que Cuenca desfruta como “autor da nova geração”, já que sua obra parece reunir justamente os piores maneirismos da sua geração: abuso de ironia, pretensão acima da qualidade de seu texto, investimento em fórmulas que já não convencem. Este seu primeiro romance é um bom exemplo: um “romance urbano” com um “protagonista deslocado”, perdido em “questões de sobrevivência e sexo”, redigido em uma “escrita cinematográfica”, que na verdade é uma prosa que se pretende densa e nebulosa, mas apenas abusa de orações coordenadas sem parecer que sabe onde quer chegar. Puxa, como ninguém pensou nisso antes?
Dois Irmãos, de Milton Hatoum
Já houve um Jorge Amado, e foi suficiente.
Estorvo, de Chico Buarque
– O que dizer quando o título diz tudo? Chico, como escritor, costuma, na minha modesta opinião, emular outros escritores, com resultados sempre inferiores aos do original.
– A prova impressa de que a genialidade em determinado campo artístico não implica em qualquer tipo de brilhantismo nos demais. Compositor de raro talento, Chico é um escritor medíocre, infelizmente. Acho que nem fã de carteirinha aguenta esse árido calhamaço de coisa alguma.
Fernando Pessoa, uma quase autobiografia, de José Paulo Cavalcanti Filho
Outro livro enorme, uma biografia excessivamente ocupada do varejo, do trivial-mínimo, da vida pessoal de Fernando Pessoa, que o autor jura ter visto nas ruas de Lisboa (isto é, a alma penada do poeta), talvez sinalizando que ele, Cavalcanti Filho, escrevesse sobre quantas vezes, por exemplo, um bardo alfacinha é capaz de ir ao banheiro, num único dia, depois de ter repetido o fundo prato da caldeirada do “Martinho das Arcadas”… (F.M.)
Harmada, de João Gilberto Noll
Na orelha de Harmada, da Companhia das Letras, Flora Sussekind diz que o “método narrativo característico” de João Gilberto Noll é “o do ‘enfraquecimento’ em moto contínuo do sujeito”. Já se demonstrou, até a saturação, que é possível escrever um romance ou uma novela sem enredo. Mas sem personagem? Chega a ser constrangedor ter de dizer que sem personagem não existe romance ou novela, ou que quanto mais apagado for o personagem, menos romance ou novela temos, o que no fim dá na mesma. Quando digo personagem apagado, quero dizer personagem sem nitidez para nós, leitores. Claro que ele pode ser uma pessoa apagada, como tantas que conhecemos. Mas aí talvez se exija mais agudeza do romancista, já que uma figura mais fugidia, com motivações mais misteriosas, necessita de um texto muito mais preciso. Se o método de João Gilberto Noll é acabar com os personagens, não discuto — deve ter suas razões. Mas seria bom que parassem de chamar o livro dele de romance, confere? Se há uma coisa que me tira do sério são elucubrações críticas para justificar um mau livro. Acho injusto, primeiro, com o autor, que continuará sem base para pensar sua literatura. Segundo, com os leitores que, além de pagarem pelo livro, correm o risco de se sentirem burros por não terem entendido nada ou se chateado mortalmente.
Helena, de Machado de Assis
Êta romancinho chato de início de carreira. Depois, claro, Machado se redimiu.
Ilíada e da Odisseia, de Homero em tradução de Manuel Odorico Mendes
Gongorismo pedante, escrito para um só leitor, o próprio tradutor. Com direitos autorais caducados, virou texto fácil, iludindo leitores e os afastando da melhor literatura de todos os tempos, Homero.
Iracema, de José de Alencar
– Alguém ainda precisa ler um livro que diz que o mar é uma “líquida esmeralda”? Isso era ruim naquele tempo. Hoje é puro kitsch.
– A prosa poética de José de Alencar está morta, mas alguns ainda colocam nossas crianças em contato com ela. Muito mais adequado seria apresentar-lhes a Iracema de Adoniran.
Jonas, o Copromanta, de Patrícia Melo
Este é um exemplo dos perigos da literatice desvairada. Rubem Fonseca escreveu um conto que escapava por muito pouco do inapelável mau gosto, chamado Copromancia, sobre um cara que prevê o futuro pelo desenho formado pelas fezes no vaso sanitário. Quem achava que um argumento literalmente de merda desses se esgotava na vida curta de um conto foi, anos depois, apresentado à glosa do mote: este romance no qual um neurótico arquivista reescreve de modo monomaníaco clássicos da literatura (como a própria autora do livro quer fazer?) e, nos intervalos, prediz o futuro pela posição dos… bem, dos toletes no vaso. Até que o personagem lê o tal conto de Fonseca e se convence de que o escritor recluso roubou sua ideia, passando a persegui-lo. Indecisa entre o pastiche o suspense (até porque o ponto de partida é tão farsesco que é impossível levar o clima a sério), a obra não boia, e sim afunda, para ficar no âmbito temático do romance.
Juca Mulato, de Menotti Del Picchia
Livro de poemas ainda preso ao formalismo perdulário do regime parnasiano e que flerta com a disposição gráfica dos versos livres obedientes a um modernismo de fachada. Temática nacionalista e folclórica, mas sem a radicalidade poética, por exemplo, do poema “Cobra Norato” de Raul Bopp. (R.A.)
Lucíola, de José de Alencar
Embora haja um espaço para José de Alencar na literatura como uma espécie de grande e voraz precursor, esta sua obra, parte do ciclo “urbano” de seu trabalho, é uma das maiores pérolas do humor involuntário na literatura brasileira. A prostituta de bom coração obrigada a corromper-se como arrimo da pura e inocente irmãzinha… Vale por uma cena de putaria light lá no meio, quando Lúcia resolve fazer um strip – ou o que passava por isso no século XIX – em uma reunião social. No demais, corações pulsantes, paixões desvairadas, mortes por doença e um enredo tão improvável que não serve sequer como um retrato acurado da sociedade do período (desculpa, Antonio Cândido, mal aí).
Mad Maria, de Marcio Souza
Uma das piores coisas que pode acontecer com um escritor é sair com um grande livro e nunca mais repetir a dose. Marcio Souza começou com o sensacional Galvez, Imperador do Acre, e nunca mais. “Mad Maria” deve ser o pior dos demais, por ter uma história tão boa pra contar, e não contar.
Manhã Transfigurada, de Luiz Antonio de Assis Brasil
Criar imagens é mesmo uma arte dominada por poucos. É preciso ter noções de decoro, é preciso que as imagens estejam sintonizadas com o “tom” do texto. No entanto, em “Manhã transfigurada”, esse livro em que o cérebro dos personagens parece ter sido misteriosamente sugado por uma força estranha, não encontramos tal cuidado. Não apenas os seios sacodem “como pudins”, como também somos forçados a entrar na cabeça de um personagem que deseja saber se a vagina de uma moça é peluda ou não: “A ideia vagava, e o pensamento obsceno vinha brutal: e as partes do amor, em Camila, como seriam? Polpudas ou lisas, glabras ou velosas? Que cheiro, que odor desprendiam?”. Ai.
Máximas no Twitter, de Demóstenes Torres
Sim, Demóstenes Torres lançou um livro. A partir de tweets. Li parte do conteúdo da “obra” por meio da internet e bem, é tão relevante quanto se poderia imaginar. Cito a “obra” como homenagem a 99% da literatura produzida por políticos em nosso país — toneladas de livros que, somados, não rendem 140 caracteres dignos de leitura.
Mulher de um Homem Só, de Alex Castro
Se fosse um filme, diríamos que há erros de continuidade. Sim, há flagrantes lapsos e não se trata de experimentalismo. Aconteceu  por esquecimento, pressa ou desídia. Não é uma obra absolutamente desprezível, tem duas ou três cenas legais, mas parece faltar-lhe várias páginas, o que lhe fere de morte.
Na margem do rio Piedra eu sentei e chorei, de Paulo Coelho
Neste livro, a literatura de Paulo Coelho surge em todo seu esplendor: rasteira, de linguagem paupérrima, com personagens unidimensionais e uma filosofia profunda como uma poça d’água. Para quem quer “conhecer”, as primeiras 20 páginas são prato cheio – depois, só sendo masoquista.
O Clube dos Anjos, de Luís Fernando Verissimo (Gula)
A editora Objetiva encomendou a grandes nomes da literatura brasileira romances que girassem em torno dos pecados capitais. Verissimo escreveu um livro inapetente sobre a Gula. Eu resumiria assim a questão: serás perdoado pela preguiça se não leres o livro sobre a gula, cujo autor corre sérios riscos de ser punido por aceitar escrever por ganância tamanho abacaxi que serve apenas para despertar a ira.
O dia em que matei meu pai, de Mario Sabino
Complacente exercício de ficção no qual um homem narra a uma psicóloga as circunstâncias que o levaram ao parricídio. É um livro desconjuntado, em que, de uma hora para outra, o relato do paciente à médica é interrompido pela interpolação absolutamente gratuita de noventa páginas de um relato farsesco que pretende ecoar a trama principal, mas apenas consegue cansar o leitor. A voz do narrador, de uma pedanteria artificial e afetada, também não ajuda — oh, lá vem mais um narrador não confiável em narrativa em primeira pessoa… que original.
O Guarani, de José de Alencar
Ainda não entendo por que diabos nossos jovens estudantes são submetidos a semelhante tortura. Se é pelo caráter histórico, melhor ter recuperação no verão de Porto Alegre do que lê-lo. Façam a gurizada ler “Memórias de um Sargento de Milícias” que vão ganhar bem mais.
O Presidente Negro, de Monteiro Lobato
Porque o livro profetizava, entre outras coisas, o seguinte: “…será o choque da raça negra com a branca, quando a primeira, cujo índice de proliferação é maior, alcançar a raça branca e batê-la nas urnas, elegendo um presidente negro!”. Lobato também se referia a um “perigo amarelo” localizado num futuro distante, a obra é de 1926. (R.A.)
O Reino das Cebolas, de Cintia Moscovitch
Uma porcaria total, metido, mal escrito, presunçoso, sem beleza ou trama.
O Romance d`a Pedra do Reino e o Príncipe de Sangue do vai-e-volta, de Ariano Suassuna
Foi sucesso de vendas, quando lançado (no natal de 1971), talvez porque um monte de gente comprou, não leu e presenteou logo em seguida. Estranho: é o mais bem-sucedido – comercialmente falando – livro não-lido da recente história literária brasileira. Porém, ninguém perdeu nada com isso: trata-se de um romance prolixo (“vai-e-volta”, realmente) e super-repetitivo. Pouca gente consegue chegar ao fim desse “tijolo” de letras do entrevistado preferido de Jô Soares, que poderia entrar nesta linha com o seu “O Xangô de Baker Street”. (F.M.)
Olhai os lírios do campo, de Erico Verissimo
História pueril, cheia de clichês, lugares comuns, sentimentos falsos, piedosos, quase tão ruim como Saga.
Os Brasileidas, de Carlos Alberto Nunes
Depois de traduzir Homero, toda a obra de Platão e toda a obra de Shakespeare, precisava verter em versos épicos a saga de Raposo Tavares? Não, jamais!
Ressurreição, de Machado de Assis
Li há dezenas de anos, mas o trauma ficou. Lembro que achei um dos troços mais tediosos que me caíram nas mãos.
Tratado Geral da Reunião Dançante, de Paulo Coimbra Guedes
Nostalgia barata com pretensão de antropologia histórica.
Um Castelo no Pampa, de Luís Antonio de Assis Brasil
Não sei como Assis Brasil, um escritor experiente, no seu nono livro, se permitiu tantos lugares-comuns, coisas do tipo “pérolas de suor”, ou “reinava a amargura”. Eles não podem ser atribuídos à linguagem dos personagens — todos falam igual, sem diferença de idade, sexo, cultura ou posição social, uniformização difícil de explicar. Depois o autor se colocou na velha posição do autor onisciente, aquele que tudo sabe e tudo vê, intensificando a sensação de que ele, Assis Brasil, é quem fala assim. Para completar, há os arcaísmos — não apenas uma incrível preferência por termos em desuso, mas inclusive por construções também antigas. Tem horas que parecemos estar numa dessas traduções lusitanas, onde as pessoas não se aborrecem, não se chateiam, não se entediam, mas se “maçam”. Há montes de personagens, mas não se relacionam, percebem? Têm ódios e simpatias, mas isso é dito assim em seco, como se ódios e simpatias estivessem petrificados, como se não tivessem zonas de sombra e luz, como se não oscilassem, não se modificassem. A gente termina o livro com a impressão de que Assis Brasil pula de um personagem para outro porque simplesmente não sabe o que fazer com nenhum deles.
Um Copo de Cólera, de Raduan Nassar
Recebi o Copo de Cólera do saudoso José Maria Cançado, li e lembro de ter achado que alguma coisa havia de errado com um de nós. Até hoje acho que era com o JMC ou com o livro. Linguagem um tanto ultrapassada, alguma cólera e nenhum copo, que eu lembre.
Um Quarto de Légua em Quadro, de Luís Antônio de Assis Brasil
Ficção histórica didática demais, com um andamento arrastado, sem que os personagens conquistem a simpatia de querermos saber o que lhes acontecerá.
Videiras de Cristal, de Luís Antonio de Assis Brasil
Ao publicar “O pintor de retratos”, Assis Brasil afirmou que se não conseguisse mudar a sua forma de escrever, talvez nunca mais voltasse a publicar um livro. Promessas… Todos os problemas que o velho Assis identificava na obra do jovem Assis estão cristalizados (sorry…) em Videiras de Cristal. Trata-se de um calhamaço de quase 600 páginas, cada uma delas cuidadosamente recheada de frases (igualmente) intermináveis, de diálogos improváveis e de personagens tão pouco críveis que acabaram virando filme nas mãos do inominável Bruno Barreto. Lá encontrarás um tema poderoso, a guerra dos Muckers e a colonização alemã, descrito por meio de platitudes como ‘As almas dos fiéis se assemelham a videiras de cristal: fecundas nos verões luminosos, mas frágeis e quebradiços quando cobertas pela geada do inverno’.
Agradecimento: os livros utilizados na foto de abertura da matéria foram aqueles que encontramos na livraria Beco dos Livros da Gen. Câmara. Somos gratos à Cláudia Maiari, que nos auxiliou e permitiu que desorganizássemos o sebo.

SERÁ QUE SOMOS RACISTAS?


      Anos atrás, Ali Kamel, diretor de jornalismo da Globo, publicou um livro chamado "Não somos racistas", que tinha como objetivo impedir o avanço da política de cotas. Kamel perdeu esse combate e, agora, no próprio Globo, o jornalista Zuenir Ventura demonstra que o Brasil ainda é um país racista. Leia abaixo:
O GLOBO - 26/01
Episódios como o das babás discriminadas em clubes sociais e o da criança negra que foi destratada e quase expulsa de uma concessionária da BMW no Rio demonstram que o racismo, apesar de resolvido legalmente, já que é crime, ainda constitui um problema no dia a dia das relações interpessoais, onde às vezes se manifesta explicitamente. O sociólogo Florestan Fernandes dizia que o brasileiro tem preconceito de ter preconceito. Em outras palavras, o Brasil seria um país com racismo, mas sem racistas, como revela uma pesquisa em que 87% das pessoas entrevistadas afirmaram haver racismo, mas só 4% se confessaram racistas. Muitos alegam que se trata de "racismo cordial" bem diferente do que existe nos EUA, por exemplo. Seria mesmo cordial ou, ao contrário, é velado, camuflado, que quando flagrado se disfarça, alegando engano ou má interpretação?
Na tal loja da Barra, o gerente de vendas viu o menino de 7 anos assistindo a televisão enquanto os pais adotivos, brancos, escolhiam um carro. Sem saber que pertenciam à mesma família, não teve dúvida. Na certa era um moleque de rua que ia pedir dinheiro, incomodar os clientes. "Aqui não é o lugar para você, saia" ordenou. Na nota em que tenta se justificar, a empresa diz que não foi bem assim, que houve por parte do casal "um mal-entendido" Porém, a mãe Priscilla garante que não, que foi um bem entendido gesto de racismo: "Se fosse uma criança branca, ele mandaria sair da loja?"
No facebook, para onde o casal levou seu protesto e lançou a campanha "preconceito racial não é mal-entendido" a reação foi imediata. Cerca de 16 mil internautas se manifestaram com mensagens de apoio. Tomara que a proporção seja essa: que para uma loja que pratica o racismo haja milhares de pessoas contra. Porém, pior ainda do que essas atitudes explícitas, que pelo menos despertam repulsa, é a situação social, econômica e cultural da população não branca no país. Tratadas com naturalidade, as desigualdades raciais no campo da saúde, da educação e do mercado de trabalho são tão iníquas que em alguns casos parecem saídas da novela "Lado a lado" um retrato fiel e competente da luta contra a intolerância racial e religiosa após a abolição da escravatura e no começo da República. Apenas um exemplo: o risco de morte por doenças infecciosas é hoje 43% maior entre as crianças negras com menos de um ano de idade do que entre as brancas. Isso eqüivale a expulsar da cidadania, senão da vida, toda uma geração de negros.
Muitos alegam que se trata de "racismo cordial". Seria mesmo cordial ou, ao contrário, é velado, camuflado, que quando flagrado se disfarça, alegando engano ou má interpretação?

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

O neoliberalismo sob o olhar da Psicanálise e do Direito Bloco 1.

O neoliberalismo sob o olhar da Psicanálise e do Direito Bloco 2.

O neoliberalismo sob o olhar da Psicanálise e do Direito Bloco 3.

EDUCAÇÃO TEM BOLSAS DE MESTRADO


A Secretaria de Estado da Educação abriu as inscrições para professores, supervisores e diretores da rede estadual de ensino que queiram concorrer a bolsas de estudo para cursos de pós-graduação stricto sensu.

Serão oferecidos mensalmente benefícios de R$ 1.300 para o mestrado e de R$ 1.600 para o doutorado.

Para participar do processo, o candidato já deve ter adquirido estabilidade, ser efetivo e ter licenciatura, entre outras exigências. O cadastro deve ser feito até o dia 21 de março.

O link para inscrição está no site www.educacao.sp.gov.br.
Mais de 70% das escolas públicas não têm biblioteca.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

AS AÇÕES AFIRMATIVAS VISTA DO LADO DE CÁ.


          Pois bem, os jornais de hoje exaltam o discurso inflamado de  Barack Obama no qual ele defende algumas  metas no seu segundo mandato como   presidente dos Estados Unidos; igualdade foi a palavra chave de sua posse, em outras palavras, ele destacou que por uma inclusaõ social  lutará até as últimas consequências, mesmo que isto gere uma fúria entre os repúblicanos e as forças conservadoras do Sul.
          Como o nosso histórico é de submissão aos Estados Unidos e outra potências mundiais, A mídia brasileira parece ter aceitado com bom gosto o discurso em que obama defende uma sociedade igualitária,  pela qual os gays, os negros os latinos, os imigrante  e dos mais pobres, possam viver pelo menos com dignidade, algo que as vezas parece remoto  no país da individualidade.  O que me causa estranheza que, quando aqui no Brasil esses temas entram em pauta o mundo cai sobre o governo e os grupos que corrobora com as ideias de Obama. Um exemplo claro da dicotomia jornalística é no que se refere a questão das cotas, tratam desse assunto como um mal desnecessário, dizem que o mundo mudou e o que leva o indívuiduo à ascensão social são as oportunidades oferecidas pelo mundo moderno.
           De fato as oportunidades de hoje são melhores que outrora, no entanto esquecem que obama e tanto negros norte-americanos ascenderam socialmente não só em função de seus esforços e sim através das ações afirmativas que foram discutidas e posto em prática após a segregação racial que imperou naquele país até os meados dos anos sessenta.
           A partir das manchetes rasgadas pelos jornais para o discurso de Obama, talvez um novo enfoque sobre esses temas venha a ser dado, no Brasil, por essa mídia mais tradicional. Pelo histórico da pauta, no entanto, a tendência é que eles voltem para a editoria do preconceito agora que a festa da reeleição do presidente americano já acabou.

Garf presidencial da semana

Tá achando o quê, que só nós meros mortais gostamos de brincadeirinhas como sacanear fotos alheias?! Bem na hora que Sasha (não a da Xuxa) foi tirar uma foto de seus pais, o casal presidencial mais cool do mundo se beijando, sua irmã Malia detonou com o
registro! E justo no dia da posse do papai! A cara de indignação do Mr. President Obama e de sua primeira dama Michelle são impagáveis. "Irritantemente legaus"!

Gif presidencial da semana

ATRIBUIÇÃO DE AULAS: PROFESSORES CATEGORIA "O", PODEM ACESSAR A CLASSIFICAÇÃO ATUALIZADA NO GDAE

PORTAL DO CPP » ATRIBUIÇÃO DE AULAS: PROFESSORES TEMPORÁRIOS

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

A luta é pra valer!: Cronograma de Atribuição de Classes e Aulas 2013 d...

A luta é pra valer!: Cronograma de Atribuição de Classes e Aulas 2013 d...

CHARGES-OKÊ - PROFESSORES DA REDE PÚBLICA

O PROBLEMA DA EDUCAÇÃO ESTÁ NA DISTRIBUIÇÃO DE TABLETS?

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) abre nesta segunda-feira 21 o período para inscrições de obras destinadas a alunos e professores do ensino médio da rede pública para o ano letivo de 2015. A partir de agora, as editoras também poderão inscrever livros digitais – cujo acesso pode ser feito em computadores ou em tablets.
A versão digital deve vir acompanhada do livro impresso, ter o mesmo conteúdo e incluir conteúdos educacionais digitais como vídeos, animações, simuladores, imagens e jogos para auxiliar na aprendizagem. Continua permitida a apresentação de obras somente na versão impressa para viabilizar a participação das editoras que ainda não dominam as novas tecnologias.
A outra novidade é a aquisição de livros de arte para os alunos do ensino médio da rede pública. Os demais livros a serem comprados pelo governo são os de português, matemática, geografia, história, física, química, biologia, inglês, espanhol, filosofia e sociologia.
Os títulos inscritos pelas editoras são avaliados pelo Ministério da Educação que elabora o Guia do Livro Didático com resenhas de cada obra aprovada. Esse guia é disponibilizado às escolas que aderiram ao PNLD do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Cada escola escolhe, então, os livros que deseja utilizar.
De acordo com o Ministério da Educação, a previsão inicial de aquisição para 2015 é de aproximadamente 80 milhões de exemplares para atender mais de 7 milhões de alunos.
O período de inscrição de obras pelo Programa Nacional do Livro Didático vai até 21 de maio. De 3 a 7 de junho, estará aberto o período de entrega de livros impressos e da documentação. De 5 a 9 de agosto, o de entrega de obras digitais e respectivos documentos.
Projeto que iguala livros eletrônicos aos tradicionais já está na Câmara
Paola Lima _Agência Senado - Aguarda votação na Câmara dos Deputados proposta que equipara, na legislação brasileira, livros eletrônicos a livros tradicionais, principalmente no que se refere à isenção de impostos. A iniciativa consta do Projeto de Lei 4.534/2012 (PLS 114/2010) de autoria do senador Acir Gurgacz (PDT-RO), aprovado em caráter terminativo na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado no ano passado.
A proposta modifica a Lei 10.753/2003, que institui a Política Nacional do Livro. Na avaliação do autor do projeto, a definição de livro que consta na lei não acompanhou os avanços tecnológicos dos últimos anos, com o surgimento dos leitores eletrônicos e consequente crescimento do segmento dos chamados e-books. Daí a necessidade de incluir o "formato digital" no texto da lei, ao lado dos livros em papel ou em sistema Braile. Os livros eletrônicos podem ser lidos em e-readers, tablets, computadores ou até smartphones, por meio de aplicativos próprios.
Um dos objetivos de estender aos livros eletrônicos os benefícios fiscais já oferecidos ao livro de papel é baratear os custos de produção desse tipo de publicação e, com isso, incentivar ainda mais a leitura entre a população.
No Brasil, entre junho e novembro de 2012 foram vendidos mais de 1,4 milhão de livros digitais, de acordo com relatório de consumo do Etail Report divulgado pelo Ibope. O mês de maior movimento foi novembro, com 321,3 mil exemplares vendidos. O relatório levou em conta as vendas online dos 35 maiores sites de comércio do Brasil em nove regiões metropolitanas brasileiras e no interior de Sul e Sudeste.
A expectativa do setor é de um crescimento ainda maior, depois da chegada ao Brasil da maior empresa de comércio eletrônico do mundo, a americana Amazon, em dezembro do ano passado. Dados da DLD, distribuidora de livros digitais que reúne editoras como Objetiva, Record e Novo Conceito, indicaram um aumento nas vendas do produto, já em dezembro de 2012, de 110% com relação a dezembro de 2011.

sábado, 19 de janeiro de 2013


Milena Galdino _Agência Senado - A redução da maioridade penal deve ser um dos temas de maior polêmica na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) durante este ano. A Constituição prevê que não podem ser imputados penalmente os menores de dezoito anos (artigo 228), que assim ficam sujeitos a punições específicas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente, mas é grande a pressão de parte da sociedade para que os hoje menores infratores possam ser penalmente responsabilizado por suas ações.
Três propostas de emenda à Constituição (PECs) sobre o tema aguardam, na CCJ, decisão da Mesa Diretora sobre pedido para que sejam analisadas em conjunto. Depois de receberem parecer da comissão, seguirão para votação em Plenário e, se um dos textos for aprovado em duas votações no Senado, será encaminhado à Câmara, onde obedecerá a rito semelhante, até a rejeição ou promulgação como emenda constitucional.
O tema da maioridade penal chegou a ser debatido pela comissão de juristas que elaborou um anteprojeto de novo Código Penal (PLS 236/2012). Os especialistas se dividiram quanto à possibilidade de redução do limite atual - uma parte considera a previsão uma cláusula pétrea da Constituição. Mas a comissão ressaltou que, de qualquer forma, o único caminho para uma eventual mudança seria por emenda constitucional, o que fugia às suas atribuições.
Crimes hediondos
Os três textos em análise na CCJ têm nuances específicas no tratamento dos menores infratores. A PEC 33/2012, do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), restringe a redução da maioridade penal - para 16 anos - aos crimes arrolados como inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia: tortura, terrorismo, tráfico de drogas e hediondos (artigo 5º, inciso XLIII da Constituição). Também inclui os casos em que o menor tiver múltipla reincidência na prática de lesão corporal grave ou roubo qualificado.
Relator da matéria na CCJ, o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) se posicionou pela aprovação, destacando que "a sociedade brasileira não pode mais ficar refém de menores que, sob a proteção da lei, praticam os mais repugnantes crimes". Para ele, o direito não se presta a proteger esses infratores, "mas apenas os que, por não terem atingido a maturidade, também não conseguem discernir quanto à correção e às consequências de seus atos".
Outros países
O senador Acir Gurgacz (PDT-RO) foi além em sua proposta (PEC 74/2011): para ele, quem tem 15 anos também deve ser responsabilizado penalmente na prática de homicídio doloso e roubo seguido de morte, tentados ou consumados.
A proposta, ainda sem relator na CCJ, cita exemplos do Mapa Múndi da Maioridade Penal, elaborado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unifec), em 2005. Segundo esse documento, nos Estados Unidos, a maioridade varia de 6 a 18 anos, conforme a legislação estadual. No México, é de 11 ou 12 anos na maioria dos estados. A América do Sul é a região em que a maioridade é mais tardia: na Argentina e Chile, aos 16 anos. No Brasil, Colômbia e Peru, aos 18.
Ao justificar o projeto, Gurgacz cita, ainda, levantamento realizado pela Associação Brasileira de Magistrados e Promotores de Justiça da Infância e Juventude, segundo o qual os adolescentes seriam responsáveis por 10% do total de crimes ocorridos no Brasil.
"A redução da idade da imputabilidade penal de 18 para 15 anos, nos casos de cometimento de crimes de homicídio doloso e roubo seguido de morte, é necessária, devido ao aumento do desenvolvimento mental e discernimento dos adolescentes nos dias atuais e à necessidade de intimidação da prática desses crimes por esses menores", salienta Acir Gurgacz.
Sem exceções
A terceira PEC sobre maioridade em análise na CCJ (PEC 83/2011) é mais ampla que as duas anteriores. O texto, apresentado pelo senador Clésio Andrade (PMDB-MG), estabelece o limite de 16 anos para qualquer tipo de crime cometido. Clésio propõe uma nova redação para o artigo 228: "A maioridade é atingida aos 16 anos, momento a partir do qual a pessoa é penalmente imputável e capaz de exercer todos os atos da vida civil".
Na opinião do senador, quem tem 16 anos não só deve ser passível de processo criminal, como deveria ter direito de se casar, viajar sozinho para o exterior, celebrar contratos e dirigir, ou seja, deveria atingir também a plenitude dos direitos civis. A proposta, inclusive, torna obrigatório o voto dos maiores de 16 e menores de 18, hoje facultativo.
"O que temos em mente é dotar o maior de 16 anos de plena cidadania, com os direitos e responsabilidades decorrentes dessa nova condição, inclusive na esfera penal", diz o autor da PEC, relatada pelo senador Benedito de Lira (PP-AL).
Participação popular
Pesquisa do Instituto DataSenado publicada em outubro apontou que 89% dos 1.232 cidadãos entrevistados querem imputar crimes aos adolescentes que os cometerem. De acordo com a enquete, 35% fixaram 16 anos como idade mínima para que uma pessoa possa ter a mesma condenação de um adulto; 18% apontaram 14 anos e 16% responderam 12 anos. Houve ainda 20% que disseram "qualquer idade", defendendo que qualquer pessoa, independente da sua idade, deve ser julgada e, se for o caso, condenada como um adulto.
No mesmo mês, o senador Ivo Cassol (PP-RO) propôs um Projeto de Decreto Legislativo (PDS 539/2012) que sugere a realização de plebiscito sobre a redução da maioridade penal para 16 anos, a ser realizado já nas próximas eleições presidenciais, em 2014.
- Manter em 18 anos o limite para a condição de imputabilidade é ignorar o desenvolvimento mental dos nossos jovens. A redução da maioridade, por si só, não resolveria os nossos graves problemas de segurança pública. Entretanto, seria uma boa contribuição, pois os jovens, em função da impunidade, sentem-se incentivados à prática do crime - disse Cassol, no Plenário, ao apresentar a proposta.

HISTÓRIA E MEMÓRIA- GLOBALIZAÇÃO MILTON SANTOS.

ENTENDA A LÓGICA PERVERSSA DA GLOBALIZAÇÃO. O MUNDO VISTO DO LADO DE CÁ.

HISTÓRIA E MEMÓRIA- FILME ARGÉLIA

INDEPENDÊNCIA DA ARGÉLIA EM 1966, TRINTA E SETE ANOS DEPOIS, SURGEM NOVOS CONFLITOS E MAIS UMA VEZ DE FORMA DESASTROSA A INTERFERÊNCIA DA FRANÇA MARCA PRESENÇA NUM CENÁRIO QUE ENVOLVE RELIGIÃO, POLÍTICA E  DINHEIRO.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

CRONOGRAMA DA ATIBUIÇÃO DE AULAS

http://desul1.edunet.sp.gov.br/images/cronograma_atribuicao2.png

Khan Academy firma acordo global com fundação brasileira - Educação

Khan Academy firma acordo global com fundação brasileira - Educação -

CADERNOS DAS PROVAS DOS OFAS EM 2012

CLIQUE NOS LINKs ABAIXO PARA ACESSAR:
Gabarito da Prova Objetiva
Caderno de Questões da Prova Objetiva - Professor de Educação Básica II - Sociologia
Caderno de Questões da Prova Objetiva - Professor de Educação Básica II - Química
Caderno de Questões da Prova Objetiva - Professor de Educação Básica II - Psicologia
Caderno de Questões da Prova Objetiva - Professor de Educação Básica II - Matemática
Caderno de Questões da Prova Objetiva - Professor de Educação Básica II - Língua Portuguesa
Caderno de Questões da Prova Objetiva - Professor de Educação Básica II - Japonês
Caderno de Questões da Prova Objetiva - Professor de Educação Básica II - Italiano
Caderno de Questões da Prova Objetiva - Professor de Educação Básica II - Inglês
Caderno de Questões da Prova Objetiva - Professor de Educação Básica II - História
Caderno de Questões da Prova Objetiva - Professor de Educação Básica II - Geografia
Caderno de Questões da Prova Objetiva - Professor de Educação Básica II - Francês
Caderno de Questões da Prova Objetiva - Professor de Educação Básica II - Física
Caderno de Questões da Prova Objetiva - Professor de Educação Básica II - Filosofia
Caderno de Questões da Prova Objetiva - Professor de Educação Básica II - Espanhol
Caderno de Questões da Prova Objetiva - Professor de Educação Básica II - Educação Física
Caderno de Questões da Prova Objetiva - Professor de Educação Básica II - Educação Especial
Caderno de Questões da Prova Objetiva - Prof. de Educação Básica II - Ciências Físicas e Biologicas
Caderno de Questões da Prova Objetiva - Professor de Educação Básica II - Biologia
Caderno de Questões da Prova Objetiva - Professor de Educação Básica II - Arte
Caderno de Questões da Prova Objetiva - Professor de Educação Básica II - Alemão
Caderno de Questões da Prova Objetiva - Professor de Educação Básica I

Gabarito prova OFA 2012/2013 (professor temporário de 11/11/2012) clique AQUI
Veja mais novidades, AQUI
Bibliografia COMPLETA de concursos para docentes SP: AQUI

Alunos de ensino médio vão ter livro digital a partir de 2015


A partir de 2015, o aluno do ensino médio da rede pública poderá acessar seu livro didático em um tablet ou computador e, ao clicar em uma gravura ou trecho da obra, será direcionado para um gráfico interativo ou um vídeo sobre o tema em estudo.
Essa possibilidade está prevista em edital lançado pelo MEC para compra de 80 milhões de livros para alunos do ensino médio.
É a primeira vez que o livro digital está previsto na compra de obras didáticas feita pela pasta. Isso não substituirá o livro impresso.
"Estamos comprando a obra multimídia. Ela é formada por um livro impresso e um livro digital, que reúne o mesmo conteúdo do impresso mais os objetos digitais integrados na mesma tela", disse Rafael Torino, diretor de ações educacionais do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação).
A editora que não tiver em seu catálogo a obra digital poderá inscrever apenas a versão impressa, além do PDF da obra didática.
A versão digital deve aumentar o valor da compra Ðem média, um livro do ensino médio tem um custo de R$ 8 para o governo federal.
Nesse edital também foi incluída pela primeira vez a previsão de compra de livros de arte. Outra novidade é a maior interação entre as diferentes disciplinas.
"O que está sendo pedido é que cada livro de uma determinada disciplina faça referências a outras disciplinas da mesma área de conhecimento e a outras áreas do conhecimento", disse Torino.
O ministro Aloizio Mercadante (Educação) defendeu o novo perfil do edital.
"É uma linguagem que vai, do nosso ponto de vista, estimular cada vez mais essa nova geração que está buscando os caminhos digitais para se comunicar", afirmou durante seminário com o norte-americano Salman Khan.
O educador ganhou destaque internacional com os milhões de acessos ao seu site de videoaulas gratuitas.
Mercadante disse que a pasta estuda reproduzir a experiência no ensino superior, gravando aulas e seminários nas universidades federais e disponibilizando na internet gratuitamente.
Prouni abre inscrição para bolsa em universidades privadas 

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

O PAPEL DO PROFESSOR NÃO É ENSINAR CONTEÚDOS QUE JÁ ESTÃO EM TODOS OS LUGARES, MAS ENSINAR O ALUNO A PENSAR.

E QUANDO O ESTADO NÃO FAZ A SUA PARTE?

Reduzir maioridade penal é equívoco jurídico e político

 

Talvez seja o momento de educar os homens para não punir as crianças

Cada vez que a imprensa noticia um crime do qual tenha participado adolescente, voltam à tona apoios a propostas oportunistas para a redução da maioridade penal.
O sensacionalismo seduz, mas não responde à lógica: o fato de os adultos já serem processados criminalmente não tem evitado que pratiquem crimes. Por que isso aconteceria com os adolescentes?
A ideia de que a criminalidade está vinculada a uma espécie de “sensação da impunidade” jamais se demonstrou, tanto mais que a prática de crimes tem crescido junto com a encarcerização.
A tese oculta uma importante variável: o fator altamente criminógeno do ambiente prisional, que é ainda maior quando se trata de jovens em crescimento.
Há uma série de empecilhos jurídicos à proposta para reduzir a maioridade penal.
O primeiro deles repousa na proibição de votar qualquer emenda constitucional para abolir direitos e garantias individuais.
É difícil crer que a inimputabilidade de adolescentes, e sua expressa sujeição à lei especial, tal como determina o art. 228, da Constituição Federal, não seja considerado pelo STF como uma cláusula pétrea.
Se garantias processuais como o direito à defesa, assistência de um advogado e o juiz competente estão tuteladas, como supor que o direito de não ser julgado criminalmente esteja fora do alcance desta proibição?
A Convenção Americana de Direitos Humanos, conhecida como Pacto de San José da Costa Rica, ratificada pelo país há mais de duas décadas, também insere entre os direitos civis dos habitantes do continente, que menores devem ser separados dos adultos e conduzidos a tribunal especializado (art. 4º, 5).
A falsa ideia de impunidade vem sendo disseminada na sociedade, paradoxalmente, ao mesmo tempo em que o país se torna um dos maiores encarceradores do mundo.
Mais de meio milhão de almas já entopem esse precário e depauperado sistema prisional, dentro do qual se pretende introduzir ainda os adolescentes. As facções criminosas, organizações que nasceram e se fortaleceram com a recente hiper-prisionalização, agradecem sensibilizadas mais esse reforço em seus exércitos.
Encarcerar adolescentes não vai nos trazer paz ou segurança. Vai apenas armar outra de tantas bombas-relógios montadas no sistema penitenciário, que alguns supõem, por um desvio exagerado da lógica, que jamais retornarão para explodir em nossos próprios colos.
E a tal “impunidade” também ignora que já há milhares de jovens internados no país, além de tantos outros respondendo por seus atos infracionais com medidas socioeducativas previstas na lei especial. A reincidência tem se mostrado menor, inclusive, nos que cumprem medidas em meio aberto.
Enxergar genericamente a impunidade por via de um ou outro exemplo – e mudar a lei por causa deles - é o retrato mais candente do populismo, que se fundamenta, quase sempre, nas prioridades da própria mídia. Algumas vezes em coincidência com a opinião pública, outras apenas condicionando-a.
O curioso é que os primeiros a levantar bandeiras pelo aumento da punição, costumam ser aqueles que em geral se perfilam contra políticas de desarmamento – contraditoriamente, eis que as maiores perdas são decorrentes justamente da banalização de armas de fogo. Onde, então, o apelo sincero à segurança da sociedade?
Educar as crianças seria uma boa estratégia para não punir os homens, como dizia Pitágoras. Talvez seja o momento de educar os homens para não punir as crianças.
Marcelo Semer
No Sem Juízo

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Desafiando gigantes, dublado.

O filme "Desafiando Gigantes",  no mostra a importância de nunca desistirmos.

Um exemplo de vida.

Goiás 247_ O ex-engraxate Jeová David Ferreira, de 57 anos, está disposto a provar que nunca é tarde para realizar seus sonhos. Hoje ele é bancário aposentado e após 35 anos longe da escola resolveu voltar à sala de aula para tentar cursar medicina, seu sonho de infância que era compartilhado com a mãe.
E tanto esforço já deu resultado. Jeová foi aprovado em medicina na Universidade de Rio Verde, no sudoeste do Estado. Ele superou uma concorrência de 70 candidatos por vaga. Um dos empecilhos agora é o custo da faculdade, que é particular.
Para passar no vestibular a rotina de estudos é pesada. “Levantava às 5h da manhã e logo em seguida assistia ao Tele Curso, até umas 6h. Depois, ia para o colégio. Chegando ao colégio, assistia aula o dia todo, até umas 22h. Isso todos os dias”, lembra o aposentado
“Desde pequeno, ele falava para a minha mãe que ia ser médico”, lembra a irmã mais velha de Jeová, Maria Aparecida Ferreira.
Jeová segue em seu objetivo e no último domingo fez a primeira fase do vestibular da Universidade Federal de Goiás (UFG). O curso de medicina foi o mais concorrido com 64,4 candidatos por vaga.
Para passar no vestibular Jeová faz cursinho há quatro anos. “Ele é a prova de que não devemos nunca desistir dos nossos sonhos, mesmo que demore 5, 10 ou 57 anos”, afirma o diretor da instituição, Marcos Araújo, em entrevista à TV Anhanguera.
“É um exemplo para a gente. E a moçada mais nova que for fazer a prova amanhã tem um concorrente forte aí porque o velhinho está preparado”, declarou Fernando David Ferreira, filho do aposentado.
“Estou animado para fazer a prova amanhã. Mas vestibular é sempre uma caixinha de surpresas. A gente nunca se sente preparado. Quando a gente chega lá, dá a tensão pré-vestibular, que é a TPV e parece que o relógio dispara. Quando você vê, já acabou o tempo”, disse o aposentado na véspera da prova em entrevista á TV Anhanguera.

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Professores confiram o Currículo do Estado de São Paulo 2013


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Para 2013, a Secretaria da Educação lança uma atualização do Currículo do Estado de São Paulo. Com a publicação de uma nova edição, a Secretaria manifesta a expectativa de que as orientações didático-pedagógicas nele contidas contribuam para que se efetivem situações de aprendizagem em cada disciplina integrante do Ensino Fundamental e do Ensino Médio nas escolas da rede pública estadual.
Preparados por especialistas de cada área do conhecimento, com a valiosa participação crítica e propositiva dos profissionais do ensino, o Currículo do Estado de São Paulo constitui uma orientação básica para o trabalho do professor em sala de aula.
O esperado é que todos esses materiais contribuam para valorizar o ofício de ensinar e para formar crianças e jovens acolhidos pela rede estadual de ensino.
No material disponível abaixo você pode tanto fazer download do documento, quanto consultar o currículo online:

Ciências da Natureza - clique aqui para fazer o download ou acesse o o currículo online.
Ciências Humanas - clique aqui para fazer o download ou acesse o o currículo online.
Linguagem e Códigos - clique aqui para fazer o download ou acesse o o currículo online.
Matemática - clique aqui para fazer o download ou acesse o o currículo online.

Um recorde

Oito anos no ranking 

 
Lançado em 2004, O Monge e o Executivo, o livro de auto-ajuda de James C. Hunter, está completando 400 semanas na lista dos Mais Vendidos de VEJA. Ou seja, está há quase oito anos na lista e já vendeu 2,9 milhões de exemplares.

Bomba calórica


Um levantamento inédito feito a pedido de uma das grandes redes de fast food revela que entre os sanduíches vendidos no Brasil, quatro deles têm cerca de 1 000 calorias ou mais. 
O campeão neste quesito é o Double Gril Bacon, do Bob’s, um petardo de 1314 calorias encaixado entre dois pedaços de pão.

MEC libera consulta à primeira chamada do Sisu

domingo, 13 de janeiro de 2013

Livros Grátis

            

Luís Fernando Veríssimo

Será que Batman e Robin dormiam na mesma cama?

2013, o ano dos concursos públicos

2013, o ano dos concursos públicos - Educação 

O caminho é a greve. A PRAXES da Apeoesp nos últimos anos.

01 09/01/2013
     Secretaria da Educação descumpre de novo a jornada do piso Secretaria Estadual da Educação publicou nesta quarta-feira, 9 de janeiro, no Diário Oficial do Estado, a Portaria CGRH 1 (de 08/01/2013), que fixa datas e prazos para a divulgação da classificação dos inscritos e estabelece cronograma e diretrizes para o processo de atribuição de classes e aulas do ano letivo de 2013, nos termos da Resolução SE 89, de 29/12/2011, que continua em vigor. Anexo, publicamos a íntegra da Portaria. Conforme decisão da Executiva, realizada em 22/12/2012, será convocada em data a ser definida reunião ampliada da Diretoria Estadual Colegiada para análise do processo de atribuição de aulas, orientações e para dirimir dúvidas.
        O governo não cumpre a jornada do piso A SEE nada diz sobre a jornada de trabalho. Ou seja, novamente descumpre a lei 11.738/08 – lei do piso – , apesar de o Secretário ter afirmado em várias ocasiões que estava disposto a discutir a sua implantação, ainda que de forma paulatina. Em 2012, o Governo Estadual publicou a Resolução 8/2012, que não cumpre a lei do piso. Como sabem, a APEOESP possui sentença favorável conquistada no Tribunal de Justiça de São Paulo, cuja aplicação o Governo conseguiu suspender por meio de manobras antirregimentais que a APEOESP está questionando junto ao Conselho Nacional de Justiça. A APEOESP também tramita em Brasília ação no Superior
Tribunal de Justiça questionando o descumprimento da lei do piso.
          O caminho é a greve.Mas a nossa luta também é política. Vamos às ruas para garantir o nosso direito. Conforme decisão da V Conferência Estadual de Educação da APEOESP, realizada em novembro de 2012, os professores vão à greve no mês de abril pelo cumprimento da jornada do piso, por reajuste salarial e valorização profissional, por uma carreira justa e atraente, contra a precariedade na contratação dos professores da categoria “O”, em defesa dos aposentados, por melhores condições de trabalho e outras reivindicações. Participe desta luta. Converse com seus colegas. Busque apoio na comunidade. Na volta às aulas, vamos garantir um representante da APEOESP em cada escola.

Leia mais em http://www.apeoesp.org.br/

- BBC - A História da Rede Globo - Doc. Proibido no Brasil

sábado, 12 de janeiro de 2013

Forrest Gump Soundtrack - Main Theme. Uma música para deixar a imaginação fluir.

MEC merece vivas pela avaliação do ensino superior.

MEC merece vivas pela avaliação do ensino superior. E também alguns puxões de orelha na educação. 

ALUNOS SERÃO ORIENTADOS SOBRE OBESIDADE

PORTAL DO CPP » ALUNOS SERÃO ORIENTADOS SOBRE OBESIDADE

DATAS, PRAZOS E DIRETRIZES DO PROCESSO DE ATRIBUIÇÃO DE CLASSES E AULAS EM 2013

PORTAL DO CPP » DATAS, PRAZOS E DIRETRIZES DO PROCESSO DE ATRIBUIÇÃO DE CLASSES E AULAS EM 2013

Prouni: inscrições começam no dia 17 de janeiro - Educação - Notícia - VEJA.com

Prouni: inscrições começam no dia 17 de janeiro - Educação - Notícia - VEJA.com

Mini história da educação no Brasil

Infelizmente vivemos num país em que educação de qualidade só existe no papel...

A razão pela qual nós não propusemos nenhuma mudança fora justamente para que as pessoas que estivessem vendo este video pudessem ao menos levantar o assunto para discutir .